segunda-feira, 7 de maio de 2012

Assassin’s Creed III

Trabalhar com figuras históricas é algo difícil. Em videogames, mais ainda, já que tais personalidades precisam interagir com os jogadores.
A série Assassin’s Creed é um exemplo perfeito. No primeiro game, conhecemos a lendária figura do Rei Ricardo Coração de Leão. Em Assassin’s Creed IIBrotherhood e Revelations, conhecemos figuras ainda mais significativas, como Leonardo Da Vinci (que até teve seu suposto amante abordado no DLC de Brotherhood), Nicolau Maquiavel e o futuro Sultão Selim.
Apesar de seguir os poucos registros que existem sobre os personagens, não temos o que podemos chamar de uma exatidão na representação de tais personagens, já que não existem documentos descrevendo a personalidade deles.
Mas em Assassin’s Creed III, isso vai ser bem diferente. Existem inúmeros documentos que registram a personalidade das figuras históricas que serão abordadas. Inclusive as partes ruins.
O grande exemplo que a Ubisoft está usando é Benjamin Franklin. Conhecido como um dos maiores inventores da humanidade e peça-chave para Revolução Americana (e um dos Founding Fathers), Franklin tinha muitos, muitos vícios. Nem todos tão respeitáveis assim.
O diretor criativo Alex Hutchinson fala sobre o que a Ubisoft está planejando:
“Quando chegamos nele [Franklin], seguimos o lado menos comum dele. Como seu amor por mulheres. Ele dizia que as mulheres secam, mas que secam de cima para baixo, e por isso, as partes que você precisa nunca secam. Eu sei que vamos ter muitas reclamações por isso, mas está tudo em registro público.”
Outra área em que a Ubisoft está tomando muito cuidado são os alvos do protagonista do novo jogo. Todos aqueles que Connor irá assassinar são pessoas reais. Figuras conhecidas como os Pais Fundadores e os generais do Exército Britânico não morreram durante a Revolução.
Isso forçou aos desenvolvedores e roteiristas a reunir uma lista de pessoas menores que realmente morreram nesta era, e criar uma lista de alvos a partir daí.
“Nós temos uma regra: Todo mundo morre no ano certo, no lugar certo. Eles precisam ser pessoas reais.”
A partir disso, os responsáveis tomarão certas liberdades criativas (já que nem todos foram assassinados por um Assassino meio-índio meio-britânico).
Quanto mais os jogos avançam na História, mais cuidados a Ubisoft precisa ter. Pelo menos nessa parte eles parecem estar acertando sem problemas.
Assassin’s Creed 3 chega no fim de outubro para PC, PS3 e Xbox 360, e numa data ainda não divulgada para Wii U.

Via Jovem Nerd/Stephan Martins

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